Descupinização

Descupinização [serviço especializado no controle de cupim] é uma ação de extermínio de cupins com a utilização de produtos inseticidas, ou ainda por meios de métodos de controles específicos como barreiras físicas. Os produtos utilizados para a descupinização são regulamentados pela ANVISA [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], onde para compra destes inseticidas e manuseio é de uso exclusivo das empresas do ramo, requerendo equipamentos próprios e treinamento, devido sua alta toxidade ao ser humano.

A descupinização é necessária quando detectado uma quantidade muito grande de cupins, sejam estes de solo ou madeira. Vale ressaltar que os produtos inseticidas para descupinização cuja comercialização é permitida diretamente ao público final, não conseguem, na maioria das vezes, ter o mesmo efeito que os utilizados pelas empresas do ramo em casos de infestação, devido sua baixa toxidade. A escolha dos inseticidas a serem utilizados para descupinização varia como a dosagem certa para sua aplicação, e é feita pelas empresas especializadas após a identificação do tipo do cupim.

 

Cupins em áreas urbanas

Falando em cupins, numa área urbana, logo vem à mente a associação de destruição em móveis ou peças de madeira, contudo em partes não tão visíveis os estragos que os cupins vêm causando em redes elétricas e telefônicas são enormes. Recentemente a cidade de São Paulo foi surpreendida pelo ataque de cupins nas árvores do parque do Ibirapuera. Para se ter uma ideia o parque do Ibirapuera recebe nos seus finais de semana milhares de pessoas, que transitam ou praticam esportes, e estas nem se aperceberam desta infestação. Loucura né?!

 

O que são os Cupins?

Resumidamente, os cupins são insetos Isópteros porque são os únicos que possuem as quatro asas iguais do mesmo tamanho. Suas asas são bem maiores que o seu corpo e caem com muita facilidade. Estão nas cidades, cavando túneis em móveis de madeiras formando seus ninhos.

 

Como Prevenir Cupim:

Prevenção ainda é o melhor método. Nos grandes centros urbanos como São Paulo, é crescente a preocupação com a proliferação de pragas urbanas, dentre elas o Cupim, inseto que vem merecendo maior atenção por parte de diferentes segmentos da Engenharia. Na capital paulista, os bairros da Aclimação, Higienópolis, Jardim América, Jardim Europa, Jardim Paulista, Jardim Paulistano, Lapa, Moema, Pacaembu, Paraíso, Perdizes, Pinheiros e Vila Mariana têm a situação mais crítica, de acordo com levantamento feito pela Associação Paulista dos Controladores de Pragas Urbanas [Aprag]. No passado, essas regiões eram arborizadas e, com o desmatamento, os cupins saíram em busca de alimento.

 

Conhecidos pelos danos materiais que podem causar, os cupins mais comuns são o subterrâneo [ou de concreto] e o de madeira. De acordo com o biólogo Francisco José Zorzenon, do Instituto Biológico de São Paulo, os primeiros abrem caminho na alvenaria até chegar ao material celulósico da estrutura. Podem ocorrer em tijolos de barro, blocos de concreto e entre vãos de andares de construções. “Isso inclui até os prédios mais altos, onde os reis e rainhas formarão seus ninhos depois da revoada. Já o cupim de madeira forma seu ninho no local em que se alimenta”. Os cupins subterrâneos, segundo Zornenon, podem catalisar ou acelerar o processo degenerativo de uma estrutura, ampliando, sobremaneira, as fissuras e realizando outras, podendo aumentar infiltrações existentes ou despercebidas.

As estratégias contra brocas e cupins de madeira seca envolvem fundamentalmente, a eliminação das populações existentes nos elementos infestados e, quando necessário, o tratamento preventivo.

 

Nos casos de cupins subterrâneos, tratamentos localizados, executados apenas nos elementos atacados, normalmente contribuem para expandir a infestação, em vez de eliminá-la. A quantidade de cupins mortos é irrisória, em frente ao tamanho total da colônia. Geralmente envolvem uma combinação de providências:

 

A] Remoção das colônias [quando possível]

B] Criação de barreiras químicas que impeçam seu acesso à alvenaria

C] Criação de restrição à movimentação dos cupins pelo interior da alvenaria

D] Criação de restrições ao acesso dos cupins a fontes de alimentação

 

Veja abaixo os tipos de Descupinização:

 

Descupinização /Cupim Subterrâneo – Os Cupins subterrâneos apresentam ninhos mais elaborados que se desenvolvem preferencialmente no solo, interno ou externo a edificação, em madeiras em contato com o solo, em espaços que possam existir no interior das edificações, ou ainda em árvores, onde a umidade do solo, entre outros fatores, facilita a sua instalação.

 

Descupinização /Cupim de Árvores – Os cupins constituem um grupo extremamente daninho de insetos de madeira, onde escavam galerias, deixando a superfície da casca com espessura de papel. Em florestas eles são comumente encontrados na madeira de árvores cortadas, árvores atacadas ou mortas por coleobrocas [besouros que também atacam madeira] ou pelo fogo, em cepas e outras partes da madeira morta ou em decomposição.

 

Descupinização /Cupim Madeira Seca – Os cupins de madeira seca localizam-se inteiramente dentro da madeira que consomem como alimento, sem a necessidade do contato com o solo. Portanto, o seu ataque caracteriza-se por um problema restrito as peças de madeira infestadas. São encontrados em todos os tipos de edificações e seu ataque ocorre em madeiras com baixo teor de umidade, localizadas tanto nas estruturas quanto em imóveis e peças avulsas. Na natureza ocorrem tanto em árvores em pé, viva ou morta, como em troncos caídos em decomposição.

 

Combate ao Cupim Sem Uso de Inseticidas – Um dos meios para evitar a proliferação do cupim é através da remoção da madeira infestada, eliminando assim uma fonte contínua de novas infestações, e posterior destruição do foco removido.

 

Inseticidas para Descupinização – De um modo geral, os inseticidas podem ser usados para os três tipos de cupins. A composição química, modo de ação, aplicabilidade e toxidade de alguns produtos estão descritos a seguir.

 

Riscos ao Homem/Descupinização – Os produtos utilizados para a exterminação dos cupins subterrâneos podem oferecer riscos à saúde do homem caso este entre em contato direto com a calda cupinicida. A intoxicação pode ocorrer, principalmente, por via oral, dérmica e inalatória.

 

Os cupins são insetos [ou térmitas] conhecidos pelo hábito de se alimentarem preferencialmente de celulose, atacando papéis, livros, estruturas de madeira ou outro material derivado deste composto. Porém existem muitas espécies e sua fonte de alimento pode variar bastante. Estes insetos [cupim] constroem seus ninhos [chamados cupinzeiros ou termiteiros] para proteção da colônia, armazenamento de alimento e manutenção de condições ótimas para o desenvolvimento dos indivíduos.

Todas as espécies de cupim vivem em colônias mais ou menos populosas e apresentam-se por castas de indivíduos adultos: ápteros e alados. Os alados são reprodutores machos e fêmeas que abandonam o cupinzeiro para fundar novas colônias, já os indivíduos ápteros, de ambos os sexos e estéreis, são os operários e os soldados.

A fundação de uma nova colônia inicia-se, em geral, com os reprodutores alados [conhecidos popularmente como siriri ou aleluia] que deixam a colônia-mãe em revoada, na maioria das vezes durante o crepúsculo de dias claros ou em dias chuvosos, nos meses de agosto a outubro. O alcance do voo é pequeno [dezenas de metros], após a aterrissagem os indivíduos perdem as asas, estabelecem um local para o ninho, cavam uma galeria e, por fim, ocorre a cópula.

Cerca de um mês depois, aparecem às primeiras ninfas, que são as formas jovens que serão criadas pelo casal real. Quando estas começam a se locomover, o casal passa a ter apenas a função de procriação e o macho fecunda a fêmea periodicamente.

O abdômen da fêmea pode atingir até 2000 vezes o volume do resto do corpo, fenômeno conhecido como fisiogastria. A capacidade de postura da rainha é diferente para cada espécie, variando de 12 a 30.000 ovos por dia. Quanto ao número de indivíduos, pode variar de 1.000 a milhões de indivíduos por colônia.

 

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